13/6/2011
A assembleia dos trabalhadores do Centro Paula Souza, realizada nesta segunda-feira, 13 de junho, em frente à Secretaria de Desenvolvimento de SP, decidiu suspender a greve iniciada exatamente um mês atrás, no dia 13 de maio.
A decisão foi tomada logo após o término da negociação entre o Sindicato/Comissão Central de Greve, os secretários de Desenvolvimento (Paulo Alexandre Barbosa), de Gestão (Júlio Semeghine) e a superintendente do Centro Paula Souza (Laura Laganá), que durou cerca de três horas. Na reunião, o Sindicato apresentou um estudo (veja no quadro abaixo), comprovando a possibilidade de concessão da progressão automática para todos os trabalhadores, sem que isso extrapole o orçamento do Centro Paula Souza em 2011.
Questionado pelos representantes dos trabalhadores, Semeghine reconheceu que a negativa em estender a progressão automática não tem como causa restrições orçamentárias. Segundo ele, trata-se de uma questão “conceitual”. O secretário considera que o “mérito” já estava previsto desde 2008 e deve ser respeitado. Porém, ele afirma que a proposta em discussão para os servidores administrativos - e que será apresentada em nova reunião no dia 20/6, às 16 horas - “é melhor do que a proposta do Sindicato”. Além disso, segundo o secretário de Gestão, no debate da nova carreira será incluída a discussão da recomposição das perdas salariais e de uma política salarial para a categoria.
A proposta que o governo compromete-se a apresentar no dia 20/6 para os administrativos é baseada na “equivalência” com outras carreiras do estado, como é o caso da carreira instituída pela Lei 1080/08, válida para o conjunto do funcionalismo paulista. A professora Laura ressaltou que, após a aplicação do reajuste de 11%, se determinada função permanecer com valor inferior ao praticado nas outras carreiras do estado, esta será equiparada. Segundo a superintendente e os secretários, por esta razão não se justifica fazer uma progressão automática para os administrativos.
Para os professores e auxiliares docentes, nada mudou em relação ao que já foi anunciado: reajuste de 11%, progressão automática para as faixas iniciais da carreira. O restante dos docentes e auxiliares docentes deverá se submeter à progressão por mérito. A professora Laura informou que a prova didática será pautada no “planejamento e desenvolvimento do trabalho docente”.
Em relação ao vale alimentação, a informação é que está em “estudos” no governo um reajuste para o benefício pago a todas as categorias do funcionalismo paulista.
Sobre o sistema de segurança e medicina do trabalho, a professora Laura anunciou que, no dia 22 de junho, será aberto o pregão para contratação das equipes para todas as unidades.
A decisão da assembleia
No debate que antecedeu a votação sobre os rumos do movimento, foi avaliada a necessidade de realizarmos um recuo estratégico neste momento, manter a mobilização e acumular forças para avaliar as propostas concretas do governo nas próximas reuniões. Caso as propostas não atendam à categoria, o indicativo é de retomada da greve em agosto.
Serão produzidos materiais para apoio à mobilização (boletins e adesivos).
A assembleia aprovou a manutenção da comissão permanente de negociação, composta por membros do Sindicato e Comando Central de Greve. Além de participar das negociações, esta comissão vai impulsionar o debate sobre a nova carreira nas unidades.
O calendário de reuniões
20/6: O governo apresentará suas propostas para os funcionários administrativos.
21/6: Início das discussões sobre o novo plano de carreira.
5/7: Nova reunião sobre o plano de carreira.
20/7: Nova reunião sobre o plano de carreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário